quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

Como se forma o quartzo

COMO SE FORMAM OS CRISTAIS DE QUARTZO?

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Eles são resultado de um processo geológico que pode levar milhares de anos.
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COMO ESTE PROCESSO COMEÇA?
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Tudo começa quando o magma das regiões profundas da Terra é encontrada, através de fendas e fissuras, um caminho para chegar mais perto da superfície. Afastado do calor do centro do planeta, o magma começa a se resfriar, dando origem às rochas.
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Algumas vezes também são formadas cavidades com a água que penetra no subsolo a partir da superfície – e é nessas cavidades que aparecem os cristais, pois o líquido represado por elas é rico em minerais dissolvidos das rochas. “O quartzo é um desses minerais mais comuns. Ele está presente nos três tipos de rocha que existem no planeta, as sedimentares, as ígneas e as metamórficas. 
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Quando aparecem em soluções aquosas nas cavidades das rochas, as moléculas de quartzo podem se agrupar na forma de cristais”, diz o geólogo Darcy Pedro Svisero, da USP (Universidade de São Paulo).
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Submetida a temperaturas de até centenas de graus Celsius, a água com quartzo dissolvido começa a evaporar.
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Nessa etapa, os cristais surgem em torno de um minúsculo núcleo, chamado de germe, sobre o qual as moléculas de quartzo vão se juntando, fazendo a estrutura ganhar volume. 
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É algo parecido ao que ocorre na formação de uma pérola, que cresce camada após camada a partir de um único grão de areia. Quando toda a solução evapora, os cristais aparecem nas bordas dos depósitos subterrâneos. A geometria peculiar – o cristal de quartzo possui três faces em cada ponta – é determinada pela forma como seus átomos se ligam entre si. Entre os vários tipos de cristais de quartzo, os incolores, chamados de cristais de rocha, são os mais comuns e têm pouco valor comercial.
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Já as ametistas, de tom violeta, são usadas como pedras semipreciosas e transformadas em objetos de arte ou jóias. 
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Além de sua beleza, os cristais de quartzo são bastante úteis em vários setores industriais. Graças à capacidade que seus átomos têm de vibrar em intervalos bem definidos, são usados para controlar a freqüência de rádios, televisores e relógios.
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sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Uma equipa de cientistas encontrou estromatólitos vivos na Tasmânia. Estas estruturas fósseis calcárias, formadas pela atividade microbiana em ambientes aquáticos, têm 3,7 mil milhões de anos

Uma equipa de cientistas do Departamento de Indústrias Primárias, Parques, Água e Meio Ambiente da Tasmânia (DPIPWE, na sigla em inglês), em parceria com a Universidade da Tasmânia, descobriu estromatólitos vivos na bacia hidrográfica do rio Giblin, na região selvagem da Tasmânia, Património Mundial da UNESCO, na Austrália.
Os estromatólitos, rochas fósseis formadas pela atividade de microrganismos em ambientes aquáticos, são a evidência mais antiga de vida na Terra.
No entanto, exemplos vivos actualmente desta estrutura calcária são raros. Além disso, a análise ao ADN comprovou que os estromatólitos encontrados na Tasmânia são comunidades de microrganismos que diferem de todos os outros estromatólitos conhecidos.
Bernadette Proemse, cientista da Universidade da Tasmânia e autora principal do artigo publicado na Scientific Reports, afirma que “a descoberta é impressionante porque antes dela, os estromatólitos vivos eram completamente desconhecidos na Tasmânia”.
Segundo o Science News, há poucos lugares no mundo onde podem ser encontrados estromatólitos vivos, uma vez que geralmente são encontrados em águas muito salgadas, embora também existam em algumas colónias de água doce.
Por constituírem uma das primeiras prova de origem de vida, a descoberta é extremamente importante. “Estas formas de vida surgiram na Terra pela primeira vez há cerca de 3,7 milhões de anos atrás“, revelou Proemse. Esta descoberta sugere pistas sobre a forma como os estromatólitos prosperaram durante milhões de anos.
Roland Eberhard, responsável da Divisão de Património Natural e Cultural do DPIPWE, disse que “os estromatólitos são raros, porque formas de vida mais avançadas, como caracóis aquáticos, alimentam-se dos microrganismos necessários para os formar.”
A descoberta de estromatólitos vivos na Tasmânia é altamente significativa porque são raros a nível mundial. Além disso, os cientistas acreditam que a água mineralizada é um fator crítico na capacidade dos estromatólitos sobreviverem na região selvagem da Tasmânia, porque cria dificuldades a outras formas de vida.
“Isso é bom para os estromatólitos, porque significa que há muito poucos caracóis vivos para os comer”, explica Proemse.